A alimentação adequada desempenha um papel fundamental no desenvolvimento e no bem-estar infantil. Atualmente algumas crianças e adolescentes enfrentam desafios alimentares que podem impactar no seu desenvolvimento biopsicossocial e cognitivo. Pois, a falta de nutrientes essenciais podem resultar em baixa energia, dificuldades de concentração e aprendizado, além de enfraquecer o sistema imunológico, tornando-as mais propensas a doenças.
A escola deve estar preparada para o manejo da criança com esses desafios, conhecer estratégias não só para identificar essas dificuldades, como auxiliar no seu dia a dia escolar e no momento das refeições.
Investir na promoção de uma alimentação saudável para as crianças é investir em seu futuro. Ao garantir que todas as crianças tenham acesso a uma dieta equilibrada, estamos contribuindo para seu desenvolvimento integral e sua saúde. Além disso, estamos criando as bases para uma sociedade mais saudável e resiliente, com indivíduos capazes de alcançar seu pleno potencial.
Ao nascer, o primeiro contato da mãe com o seu bebê se dá por meio da alimentação no aleitamento materno. Até os 4 meses, o bebê apresenta sucção reflexa que o leva a buscar o peito para se alimentar. Após essa fase, a função da sucção se torna voluntária que envolve uma boa construção de vínculo mãe-bebê e um processo de aprendizado para que sejam adquiridas habilidades para dar início a introdução alimentar.
Durante a fase de introdução alimentar, é recomendado que o bebê apresente os sinais de prontidão, tais como controle motor do tronco e pescoço, habilidade de levar a mão à boca, curiosidade pelos alimentos e diminuição do reflexo de protrusão da língua.
Geralmente, por volta dos 6 meses, o bebê já atingiu esses marcos de desenvolvimento e nesse momento as famílias podem optar por diferentes métodos de introdução alimentar, como o BLW (Baby-Led Weaning) ou o método tradicional que oferece alimentos em forma de purês.
É importante lembrar que a introdução alimentar é um processo gradual que requer tempo e paciência. No início dessa fase o aleitamento materno continua sendo a principal fonte de nutrientes para o bebê. É essencial que a mãe ou o cuidador estabeleça uma relação de confiança e afeto com o bebê durante o processo de alimentação. A comunicação não verbal, como o contato visual e o toque suave, fortalece o vínculo entre ambos, criando um ambiente seguro e amoroso.
Também é importante respeitar o ritmo do bebê, permitindo que ele explore os alimentos de forma independente, construindo sua autonomia para se alimentar, experimentando diferentes sabores e texturas. À medida que o bebê vai se adaptando à alimentação sólida é fundamental oferecer uma variedade de alimentos nutritivos, respeitando as preferências e necessidades individuais.

O acompanhamento de um profissional especializado como pediatras, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais ou nutricionistas, pode ser muito útil nessa fase, fornecendo orientações adequadas e esclarecendo dúvidas.
É importante ressaltar que as dificuldades alimentares também podem ser um desafio significativo para os adolescentes. Nessa fase de transição e crescimento, é comum que eles experimentem mudanças físicas, emocionais e sociais, o que pode afetar sua relação com a alimentação. É essencial que os adolescentes que enfrentam dificuldades alimentares recebam apoio adequado.
O suporte emocional, o acesso a profissionais de saúde especializados, como nutricionistas e psicólogos, e a educação sobre alimentação saudável, assim como a imagem corporal positiva, são componentes importantes no tratamento e na prevenção desses problemas.

É fundamental compreender que a alimentação é afeto e devemos olhar para as crianças com esses desafios de forma acolhedora e integral.
Estabelecer uma rotina alimentar, com horários regulares para as refeições, valorizar o “comer à mesa” e em família, evitar distrações durante o momento da alimentação, como uso de telas de televisão ou dispositivos eletrônicos.
Bons hábitos contribuem para que a criança esteja consciente de seus sinais de fome e saciedade para poder desenvolver uma relação saudável com a comida.
Ao cumprir com a responsabilidade e comprometimento de oferecer alimentos adequados e promover um ambiente favorável à alimentação, contribuímos para o desenvolvimento de hábitos alimentares positivos e o estabelecimento de uma relação equilibrada com a comida desde a infância, proporcionando uma base sólida para a saúde e o bem-estar da criança no futuro.
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