Vivemos em uma era digital em constante evolução, onde as telas se tornaram parte integrante do nosso dia a dia. No entanto, quando se trata das crianças e adolescentes, a exposição às telas tem gerado debates e preocupações. Neste texto, iremos refletir sobre os desafios e impactos dessa exposição precoce, buscando compreender como podemos equilibrar o uso das telas de forma saudável.
Com o avanço da tecnologia desde os anos 70 até hoje, nós somos testemunhas de uma revolução que foi acontecendo na vida das pessoas e consequentemente na vida das crianças e dos adolescentes. Segundo a Psicopegagoga, Educadora Parental e Educadora Emocional Débora Ribeiro, os dados mostram que as gerações tem acesso cada vez mais amplo e precoce às telas.
Contudo, uma pesquisa da TIC KIDS ONLINE BRASIL EM 2019 afirma que, 89% das crianças entre 9 e 17 anos faziam uso da internet, 76% delas mais de uma vez ao dia. A média de contato de uma criança com tela é de 5 horas por dia, para adolescentes sete a dez horas. Disponível em: <https://cetic.br/media/docs/publicacoes/2/20201123093441/resumo_executivo_tic_kids_online_2019.pdf>. Acesso em: 21 de Jul. de. 2023
A primeira infância é uma fase crucial para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças. Nos primeiros anos, o cérebro estabelece mais conexões do que em qualquer outro período da vida. A exposição excessiva às telas pode trazer alguns desafios significativos, como a baixa atenção e estresse. Além disso, a exposição desmedida pode levar a uma sobrecarga de estímulos visuais e sonoros, afetando a concentração e a capacidade de interação em ambientes reais.
No contexto da inclusão, é importante considerar cuidadosamente o tempo e o tipo de interação que as crianças têm com dispositivos eletrônicos. Embora as telas possam oferecer oportunidades de aprendizado e entretenimento, é fundamental estabelecer um equilíbrio saudável, garantindo que as crianças também tenham acesso a outras atividades sensoriais, interações sociais e estímulos físicos adequados.
Em relação ao desenvolvimento cognitivo de crianças atípicas, a exposição às telas em excesso pode influenciar negativamente a aquisição da linguagem, o desenvolvimento da atenção e da criatividade, bem como o processo de socialização.
Embora seja importante reconhecer os desafios e impactos negativos da exposição às telas na infância, também devemos considerar os benefícios e possibilidades que a tecnologia pode oferecer. É fundamental estabelecer um equilíbrio saudável entre o uso das telas e outras atividades essenciais para o desenvolvimento infantil.
Aqui estão algumas estratégias para atingir esse equilíbrio:
Definir limites de tempo: Estabeleça um tempo adequado para o uso das telas, levando em consideração a idade e as necessidades da criança. A American Academy of Pediatrics sugere que crianças de 2 a 5 anos tenham no máximo uma hora de exposição por dia.
Priorizar atividades alternativas: Incentive a prática de atividades físicas, leitura, brincadeiras ao ar livre, jogos de tabuleiro e interações sociais presenciais. Essas atividades promovem o desenvolvimento saudável e contribuem para um estilo de vida equilibrado.
Escolher conteúdo de qualidade: Verifique a classificação indicativa e busque por conteúdos educativos e enriquecedores. Selecione aplicativos, jogos e programas de TV que estimulem o aprendizado, a criatividade e o desenvolvimento das habilidades da criança.
Promover momentos de interação em família: Estabeleça momentos em que toda a família esteja presente, sem o uso de dispositivos eletrônicos. Esses momentos favorecem o diálogo, o afeto e a conexão entre pais e filhos.
Contudo, a exposição às telas na infância é um fenômeno inevitável nos dias de hoje, e é nosso papel como adultos e responsáveis garantir que essa exposição seja equilibrada e saudável.
Ao estabelecer limites, priorizar atividades alternativas e escolher conteúdos adequados, podemos ajudar as crianças a aproveitarem os benefícios da tecnologia, ao mesmo tempo em que preservamos seu desenvolvimento físico, cognitivo e emocional. É um desafio contínuo, mas com consciência e cuidado, podemos oferecer às crianças uma infância rica e equilibrada no mundo digital.
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